Quase, quase em Portugal | Almost, almost in Portugal

Friday, July 21, 2017


Não faço ideia se toda a gente que está longe se sente assim. Eu, no geral, vivo sempre intensamente todas as coisas boas e todas as coisas más. Sou aquela pessoa que faz contagens decrescentes para cada viagem, para cada grande acontecimento. E penso e repenso sobre como as coisas vão acontecer. Vivo feliz dias antes de as coisas acontecerem só de as imaginar a acontecer. Com as coisas más, acontece o mesmo, infelizmente. Prevejo-as e sofro-as antes de acontecerem. No geral, quando acontecem, acabam por ser menos más do que as imaginei. É assim que eu sou e não há muito a fazer sobre isso. 

Neste caso, neste momento, é com coisas boas que eu tenho sonhado, enquanto durmo e enquanto estou acordada. O regresso a Portugal esta quase aí, um ano depois de termos partido. Falta menos de um mês, um espaço de tempo tao pequenino para quem esperou tanto. Mas este ultimo mês, oooh este ultimo mês, tem passado a velocidade de caracol. Quanto mais perto, mais devagar. Há tanta coisa que me mantém presa a Portugal. Mas, ao mesmo tempo, as coisas que me prendem, são as coisas que me permitem sair. Como já expliquei – e não me canso de explicar – é por ter a melhor família e os melhores amigos do mundo, que sinto que posso sair e que tenho sempre para onde voltar. Agora, estou no modo voltar, por algumas semanas, mas o verbo e voltar. A minha cabeça já só está nos abraços e nas conversas. Ahh que sensação boa.

Não me interpretem mal: está tudo bem por aqui. A Austrália tem sido uma experiência fantástica que nos tem permitido fazer e viver coisas que ficar em Portugal nunca nos iria permitir. E ainda agora estamos a começar. Há tanto plano, tanto sonho, tanto objetivo que uma agenda só é pequena para registar. 

Mas as saudades e as expectativas são já tantas que o meu coração e a minha cabeça já voaram para Portugal. Sacanas. 

‘Quando vens brincar para a minha casa, madrinha?’ Está quase, bebé, está quase!
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I have no idea if this happens to everyone that is far away from home. In general, I live intensely all good things and all bad. I’m the kind of person who makes countdowns for each trip, for each great event. I think and overthink about how things are going to happen. I live happy before those happy things happen just by imagining them. The same happens with bad things, unfortunately. I foresee them and suffer for them before they happen. In general, when they happen, turn out to be less bad than I imagined. This is how I am and I there’s not a lot I can do about it. 

Right now, I am in the good things mood and I can’t stop dreaming about them, either I am asleep or awake. Our trip to Portugal is almost there. It has been a year since we left our country. We are less than a month away, such little time for those who waited so long. But this last month, oooh this last month, has been passing by so slowly. The closer, the slower. There are so many things that keep me attached to Portugal. But, at the same time, those are the things that set me free and make it possible to leave. As I explained before – never too tired to explain this over and over – it’s because I have such good family and friends that I know I can leave and still have a place to return to. Now, I’m on the coming back mode, for a few weeks, but ‘come back’ is the verb. My head is already in the hugs and the conversations. Ahh, that's a good feeling. 

Do not get me wrong: everything is fine here. Australia has been a fantastic experience that has allowed us to do and live things that staying in Portugal would never allow us. And yet it's just starting now. We have so many plans, so many dreams, so many goals that a whole agenda is too small to register. 

But I miss Portugal so much and I have so many expectations that my heart and my head already flew there. 

'When are you coming to play at my house, godmother?' I’m almost there, baby, almost there!

love,
C.


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