Estou viva, amigos | I’m alive, friends
Monday, June 19, 2017
Foi preciso parar. Foi preciso decidir para onde canalizar energias e nos últimos dois meses o(s) trabalho(s) têm ganho a maior parte da minha atenção. Afinal de contas, foi também para isso que decidimos sair do país, aproveitar para fazer o que em Portugal não seria tão fácil. Sempre soubemos que este primeiro ano ia ser exigente. Precisámos de repor o buraco que fizemos nas nossas contas bancárias para chegarmos e nos instalarmos na terra de Tame Impala e, com um jeitinho, amealhar qualquer coisinha mais, até porque quando estamos longe, precisamos de saber que, pelo menos, temos dinheiro para arrancar para Portugal de um momento para o outro, caso seja preciso.
Foi preciso decidir para onde canalizar energias e eu escolhi o trabalho, claro. Não necessariamente porque quis mas pelas razões que acima expliquei. Se pudesse escolher, não largava nunca este canto. Mas larguei por umas semanas, porque não me sentia com tempo, com cabeça. Escrever este blogue exige de mim porque não gosto de fazer isto de qualquer maneira, não gosto sequer de vos dar um texto sem uma fotografia.
Têm sido semanas exigentes mas que têm compensado. Não há sensação igual à de dever cumprido. Para além disso, quanto mais coisas tenho para fazer, mais rápido o tempo passa e mais perto estou de abraçar a família e os amigos. Tenho (temos!) corrido e corrido, sem grandes folgas. Salva-me o facto de saber que posso chegar ao fim do dia e entrelaçar-me na minha pessoa favorita.
Passou algum tempo mas posso garantir-vos que não aconteceu nada de extraordinário. A Austrália continua no mesmo sítio, perdida no meio do mar, mas mais fria. Embora tenha tido dois verões no ano passado, posso garantir que não tinha saudades do Inverno. Não sou pessoa de camadas e tudo o que me impeça de pôr as pernas de fora, aborrece-me.
Fomos pela quinta vez ver Nick Murphy ou Chet Faker, como quiserem, desta vez na Opera House. Não gozem. Nick Murphy está para a Austrália como David Fonseca está para Portugal: vai a todas. E eu, feliz da vida, vou com ele (mais facilmente do que vou com David Fonseca).
Agora que me ponho a pensar, na verdade aconteceu uma coisa extraordinária. Não exatamente a mim, não exatamente na austrália, mas conto-vos depois.
As saudades que eu tinha disto, amiguinhos. Espero que ainda estejam por aí!
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I needed to stop. I needed to decide where to direct my energies and, over the last two months, my job(s) got most of my attention. After all, that was one of the reasons why we decided to move to another country, to get advantage of what we can’t find in Portugal. We always knew that this first year was going to be demanding. We needed to put back the money we took to move and settle down in Tame impala’s country and, who knows, save some extra money. When you are far away, you like to know you have some money that allows you to go to your country from one moment to another, if needed.
I had to decide where to direct my energies and I chose work not because I really wanted to but because of the reasons I explained above. If I could, I would never get away from this place, this blog. But I did for some weeks, because I had no time, no energies. Keeping this blog is demanding because I like to do this in a proper way, I don’t even like to give you a text without photo.
It had been demanding weeks, but it has been good. There’s no better thing than the feeling that you did things right. Besides that, the more I have to do, the faster times passes by and the closer I am to hug my family and friends. I (we) have been running and running, no days off. But I am always good, because I know that at the end of the day, I’ll tangle myself onto my favourite person.
It has been some time since I last wrote something but I can assure you that nothing extraordinary happened. Australia is exactly on the same place, lost in the middle of the ocean, but colder than a couple of months ago. I had two summers last year but I didn’t miss cold weather at all. I’m not a layers person and everything that makes me put on pants, bothers me.
Oh, we went for the fifth tome to see Nick Murphy or Chet Faker (you chose), this time at Opera House. Don’t make fun of me. Nick Murphy is for Australia just like David Fonseca is for Portugal or any other popular singer from your country is for your country: they go everywhere. And I go with Nick Murphy in Australia.
Now that I think about it, something extraordinary actually happened on the past weeks. It was not with me and it was not in Australia, but it was extraordinary, I can assure you. I’ll tell you later.
I missed this so much. Hope you all are still on that side.
love,
C.
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