Então e porquê que tens andado desparecida? Eu explico | So, why haven’t you been posting like you used to? I’ll explain.

Monday, January 16, 2017


A coisa começou a apertar em Novembro. Terminei, temporariamente, o trabalho na faculdade, arranjei outros três entre os quais andei a saltaricar durante os últimos meses. Pus um ponto final num deles e permaneci com apenas dois. Foi o Natal, foi a Passagem de Ano, os caminhos entre Wollongong e Sydney e toda uma correria feliz a acontecer – ah, como é bom sentirmo-nos úteis. 2017 começou e com ele recomeçou também o trabalho na Universidade de Wollongong. Mantenho-me agora em três trabalhos diferentes, mas a pensar seriamente desistir de um deles. 

Um confusão, eu sei, mas a verdade é que não foi nada disto que me levou a afastar os dedinhos deste teclado e o olho da câmara. Não foi mesmo. Há uns dois meses tomámos cá por casa a decisão de nos mudarmos. Eu e o J precisamos do nosso canto, o canto que já tínhamos em Lisboa, do nosso mundo e, principalmente, da nossa estabilidade entre as correrias da vida. E começámos a interminável busca por uma casa nova. Um autêntico desafio, aqui, em Wollongong. Há mais pessoas do que casas, especialmente nesta altura do ano em que um novo semestre está a começar. Um mês e meio, entre muita visita a possíveis imóveis, candidaturas e algum desespero, foi o tempo que nos levou até chegarmos, finalmente, à casa para onde nos vamos mudar já na próxima semana! Não há como ser persistente e acreditar realmente nas decisões que tomamos. 

Por isso mesmo, nos próximos tempos, voltamos ao assunto da decoração, das ideias e inspirações e eu volto à maravilhosa luta de enfiar uma vida numa casa de bonecas. A minha casa de bonecas. Em Lisboa tínhamos uma dessas, uma casa pequena, recheada de energia pela qual me perdia de amores todos os dias em que nela acordava. Era a minha casa, com o chão de madeira de há 70 anos, com uma moldura de gesso que atravessava as paredes do quarto, com portas ornamentadas pintadas de cinzento claro.

Desta nova casa (desta nova fase nesta aventura), espero tanto ou mais. A casa é antiga mas cuidada, pequena e branca. Não há alcatifas a guardar tudo aquilo que os pulmões não desejam respirar. Há sim tijoleira, como pede uma casa à beira do mar. Da varanda vemos a praia e há tanta, mas tanta luz naquela casa. Já fiz todas as listas, esbocei a casa em folhas brancas enquanto o dia de assinar o contrato não chega. Isto porque a imaginação não para e eu tenho em mim aquela boa sensação de quem vai recomeçar, de quem está a pensar e a escolher as cores para pintar uma sala (e uma vida).

Para a semana dou novidades!
__
Things started to get more complicated in November. I temporarily finished working at the Uni, got three other jobs among which I have been jumping over the past few months. Meanwhile, I quitted from one of those and kept two only. Then it was Christmas, New Year’s Eve, the paths between Wollongong and Sydney and a hole happy running – oh, it feels so good to feel useful. 2017 began and I began working at the University of Wollongong. I now hold myself between three different jobs, but I am seriously thinking about giving up one of them. 

A mess, I know, but the truth is that the reason that has been keeping my fingers away from this keyboard and my eye away from the camera, has nothing to do with my jobs. About two months ago, we made a decision to move from this house. Me and J really need our place, a place we already had in Lisbon, our world and, above all, our stable place to where we can return between running through life. And so we began the endless search for a new house. A real challenge here in Wollongong. There are more people than houses, especially at this time of the year with a new semester beginning. A month and a half, between many visits to possible real estate and some despair, was the time that took us until we finally find the place to where we are moving next week! Being persistent and believing on your own decisions is half way to be successful. 

As that, in the near future, we will return to the subject of decoration, ideas and inspirations and I’ll get back to the wonderful struggle of putting a whole life into a dollhouse. My dollhouse. In Lisbon we had one of these, a small house, full of energy, for which I felt in love every day I woke up there. It was my house, with a 70-year-old wooden floor, with a plaster frame that ran through the walls of the room, with ornate doors painted on a light grey. 

I have so much hope on this new house (on this new phase of this adventure). The house is old but very tidy, small and white. There are no carpets to store everything the lungs do not want to breathe. It has tile floor, like a beach house should have. From the balcony, we can see the sea and the is so much light around. I´ve done all the lists, sketched the house in white sheets waiting for the contract signing day. My imagination can´t stop running and I have that good feeling of starting over, thinking and choosing the colours to paint a room (and a life). 

I’ll give you some news next week!

love,
C.

You Might Also Like

2 comentários

  1. Ai adoro quando trazes estes temas da mudança e casas novas! Inspira-me imenso para um futuro que espero também um dia alcançar.

    Boa sorte em mais esta etapa Catarina! Um beijinho grande enviado diretamente desta pequena aldeia que é Portugal :)

    ReplyDelete
    Replies
    1. Oh Bárbara, tão linda! Um dia destes, sem te dares conta, estás tu à procura da tua casa e a dar voltas no Ikea.
      Obrigada! Um enorme beijinho!

      Delete

Fala Comigo!

Name

Email *

Message *