Querem um grande filme para ver hoje? | Do you want a great movie to watch today?

Sunday, October 09, 2016


Domingo é dia de ver filmes, certo? Acho que ninguém discorda desta afirmação. É coisa que devia ser lei. O pior mesmo às vezes é escolher o filme para ver. Hoje, dou-vos uma ajuda: vejam o Ma ma
É um filme do caraças. Não é propriamente um filme fácil, não é. Não é daqueles que vos vai deixar a suspirar por vivermos todos num mundo maravilhoso em que superamos as dificuldades e acabamos todos bem e felizes. Não é. O Ma ma é um filme duro. Muito real. Aborda um tema que, infelizmente, direta ou indiretamente, pertence ao nosso dia-a-dia: o cancro. 
É impossível ficar indiferente ao Ma ma. É impossível não nos pormos na pele da Magda, interpretada pela magnífica Penélope Cruz, e não nos questionarmos ‘e se fosse comigo?’ E se, um dia qualquer, eu fosse a uma consulta de rotina e saísse de lá com um papel que determina o fim da minha vida a curto prazo? O quê que se pensa, o quê que se faz? Que planos fazemos? E o que é suposto fazermos com os sonhos? Fazermos de conta que nunca os sonhámos? E os filhos, a família, o amor? É suposto não querermos saber? Fazemos falta, porra! Como assim há duas horas estava tudo bem e agora tenho seis meses de vida? Como é que conto isto à minha família? Como assim não conseguimos controlar a doença? Estamos em 2016, porra!
Estou muito longe de saber qual é a resposta para alguma destas perguntas. E no fundo nem sei se são estas as perguntas que passam pela cabeça de uma pessoa que recebe uma notícia destas, mas são as que passaram pela minha ao pôr-me na pele da Magda. Mas nem tudo é tragédia em Ma ma. Há no filme toda uma alegria de quem toma a decisão de rodear-se só e apenas de felicidade. E aí percebemos que é tão ingrato desperdiçarmos os dias a sermos mais ou menos felizes, mais ou menos realizados, mais ou menos amados. É mesmo ingrato. Porque afinal de contas a vida não é uma coisa assim tão garantida quanto isso e eu não quero pensar que uma coisa destas me vai acontecer, mas, nem que me vá embora aos 100 anos, a certeza que tenho é que não quero sentir que desperdicei tempo por aqui. 
Desafio qualquer um a ver o filme e a não soltar uma lágrima!

Bom domingo, gente!
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Sunday is movies day, right? I think that no one disagrees with this statement. This is something that should be a law. The worst part is when you have no idea what movie you want to see. Today, I’ll give you a hand: Ma ma.
It’s a hell of a movie. Not exactly a easy movie, not at all. It’s not that kind of movie that makes you happy for living in a wonderful world where we all overcome our problems and live happily ever after. It’s not. Ma ma is a tough movie. Very real. It talks about a topic that, unfortunately, direct or indirectly, belongs to our daily life: cancer.
It’s impossible to be indifferent to Ma ma. It’s impossible for us not to put ourselves in Magda’s skin, interpreted by amazing Penelope Cruz, and not question ourselves ‘what if it happened to me?’ What if, one day, I left a routine appointment with the doctor with a paper saying how much time I had left? What do you think, what do you do? What plans do you make? What is it supposed for us to do with our dreams? Should we act like we never dreamed them? What about our kids, our family, our love? Are we supposed to not care? They will miss us, damn! What do you mean, two hour ago, everything was ok and now I only have 6 months left in life? How do I explain this to my family? What do you mean when you tell me you can control the disease? This is 2016!
I am far away from knowing what the answer for these questions is. And, the truth is that I don’t even know if these are the questions that go through the head of a person that receives this kind of new, but these were the questions that went through mine when I put myself in Magda’s skin. But not everything is a tragedy in Ma ma. There’s on the movie the joy of someone that makes the decision of living surrounded by happiness. And then you understand that we are so ungrateful spending our days being more or less happy, being more or less loved. This is so ungrateful. After all, life is not something that is guaranteed. I don’t want to think that something like this will happen to me but, even if I only die at 100, I want to be sure that I didn’t spend time around here.
I challenge you all to watch this movie and not cry!

Have a nice sunday, people!




love,
C.



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