O tempo passa e a nossa vida vai dando passinhos, vai mudando, vai-se moldado e, com sorte, vai evoluindo. Damos por nós absolutamente dedicados a certas coisas em detrimento de outras que costumavam fazer parte da nossa rotina e que, hoje, já não são assim tão importantes, pelas mais variadas razões. 

Há meio ano que não toco neste blogue. Desde que cheguei da minha última visita a Portugal. Nessa altura deixei de sentir vontade, não de escrever, mas de criar conteúdo – sim, porque isto é muito mais do que debitar umas palavras bonitas. Para mim, que sou uma pessoa que ou faão bem ou não faço de todo, deixou de fazer sentido publicar. Porque publicar significava escrever, traduzir, arranjar, fotografar, editar, preparar e publicar – há sempre muito mais para além do que o que se vê. Não queria publicar nada que não tivesse uma imagem bonita, uma tradução para inglês decente. Estavam altas as minhas exigências. 120 publicações que me valeram mais de 130 mil visitas a este blogue. Um orgulho do caraças. 

Com o tempo a saudade foi voltando. Isso e o facto de sentir que há por aqui tanto de interessante para partilhar, que não posso guardar só para mim. 

A saudade está agora num ponto que me fez sentar e voltar a escrever. A repensar o que que eu quero deste blogue. A tendência natural seria, talvez, melhorá-lo. Ainda procurei soluções elaboradas, formas de o tornar, quem sabe, num negócio. Mas por enquanto não é isso que vai acontecer. A minha ideia é outra: simplificá-lo. Com a ajuda do meu irmão dei-lhe uns toques, limei-o para ficar mais de acordo com o que quero neste momento. Quero usar o blogue única e exclusivamente para saciar de alguma forma a minha vontade de criar, seja isso na forma que for – na forma que estiver a sentir que deve ser. 

Daqui a uns meses, talvez, quando eu tiver menos entidades empregadoras, mais tempo e, quem sabe, necessidade de mudar as minhas prioridades, eu o melhore, o torne mais bonito e mais apelativo, para o poder levar a mais gente. 

Por agora, só quero voltar a partilhar, na forma mais simples possível, de acordo com o que o meu coração lhe apeteça fazer. Ah, e em português, apenas. Primeiro, porque o que eu sinto, sinto em português. Depois, porque traduzir é cá uma chatice!

Em breve faço um resumo dos meus últimos seis meses que, oh, têm tanta novidade boa.

love,

C.